Inóspita
Está morto o brilho Mortissímo, como quem nunca existiu Se um dia já se viu, não me lembro mais. Só resta em meu peito Fragmentos de sentimentos Que não correspondem a nada. Ele se foi E levou com ele a minha alma. Em troca trouxe o vazio A oferta boa de se sentir oca Inabalável por ser intocável E assim o mesmo mundo que com ele parecia inexplorado Passa a ser o que me enfraquece E todas as coisas que com ele eu amava Se tornam os motivos Da minha ânsia Por um fim. Mariana O. Cabo frio, 30/09/2024